Acordar

A vida, por si só, tem a curiosa característica de nos surpreender.

Durante estes sete meses, muita coisa aconteceu. Umas, obviamente, às quais dei mais importância que outras. Não vou aqui escrever sobre nenhuma em particular, mas, no geral, posso afirmar com toda a certeza (enfim... a certeza que me é possível, não será toda, toda) que o que me tem vindo a acontecer tem mudado a minha maneira de olhar para o mundo e, consequentemente, o meu modo de sentir o meu afecto pelo mundo. Dito de outra maneira, transformou a maneira como o mundo me afecta.

Espero que este ano já consiga recolher os benefícios do meu novo olhar e sentir do mundo.

Neste regresso, quero saudar a família que, não sendo muitos, são bons. Para o melhor e para o pior. Sim, principalmente no pior, a família... uma dúzia de pessoas, que lá fica, à espera, aconteça o que acontecer, continua lá.

Quero abraçar os amigos, pouco mais de meia dúzia, mas que sei que lá estão. Orgulhosamente, sei dizer o nome deles, sem esquecer nenhum. E digo-os, se for preciso, a suster a respiração, sem hesitações. Sei com o que conto, tal como faço questão se fazer crer que eles podem contar comigo.

Saúdo também os leitores deste blog, para o qual irei tentar manter alguma regularidade, porque vos devo isso.

Quero beijar-te a ti, que, sem saber, és a razão disto tudo. E isto tudo sou apenas eu e nada mais.

Durante todo este tempo, recolhi ideias, muitas, e cheguei mesmo pensar em dedicar-me a 100% ao mundo virtual, caso houvesse chance de sobrevivência neste estranho habitat, de zeros e uns.

Deixo-vos um vídeo que gravei para não partilhar, mas que acabei, naturalmente, por o fazer. Inicialmente serviu para que eu não me esquecesse dos acordes, não fosse a memória trair-me.

Agora serve para ver, ouvir e esquecer.

Esbarranço

PS: Ontem fez dois anos que deixei de fumar.